Cerca de 30 mil funcionários do varejo de Porto Alegre tiveram seu local de trabalho atingido pela cheia. Isso representa quase um terço dos trabalhadores do setor. A estimativa foi enviada à coluna pelo presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Porto Alegre (Sindec POA), Nilton Neco, que alerta que boa parte destes empregos está em risco.
A entidade fechou um acordo setorial com o Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA), que inclui de antecipação de férias a suspensão de contrato de trabalho. Neco, porém, segue temendo pelos empregos, pois acredita que apenas 10% do varejo preenche os requisitos para as principais medidas.
— Os pequenos negócios vão depender dos programas do governo. Por isso, pedimos agilidade. É final de mês. Dívidas têm que ser pagas e caixa para isso?
Assim como entidades empresariais, o Sindec reivindica medidas trabalhistas como as adotadas na pandemia. O sindicalista diz que a convenção fechada em Porto Alegre é importante, mas limitada para preservar os empregos, dada a gravidade da crise do setor.
— Muitas lojas estão sem previsão de reabertura para os próximos meses. Até lá, como manter os empregos?
Veja detalhes sobre o acordo de Porto Alegre: Comércio de Porto Alegre fecha acordo que permite suspensão de contrato de trabalho e redução de salário
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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