A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que o conjunto de medidas de crédito anunciadas nesta segunda-feira (22) pelo governo federal é oportuno e deve manter o estímulo à recuperação da economia do país. O pacote do governo, voltado a microempreendedores individuais e a micro e pequenas empresas, foi detalhado em evento no Palácio do Planalto.
"As medidas de crédito anunciadas nesta segunda-feira pelo governo para micro e pequenas empresas, Desenrola Pequenos Negócios, ProCred 360 e novo Pronampe, chegam em momento oportuno e se alinham a plataformas consolidadas e bem-sucedidas que os bancos já operam, permitindo injeção de mais recursos para as empresas em situação vulnerável", disse a entidade em nota.
Ainda de acordo com a Federação, as medidas são importantes para manter os estímulos à recuperação da economia. A Febraban afirma que os programas possibilitarão a redução de impactos negativos do cenário para micro e pequenas empresas que estão em situação financeira mais delicada.
O Desenrola Pequenos Negócios levará as renegociações do programa voltado a pessoas físicas para as micro e pequenas empresas, que faturam até R$ 4,8 milhões ao ano. Essas renegociações terão garantia do Tesouro.
Já o ProCred 360 é voltado a microempreendedores individuais. Há ainda um novo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que já era operado pelos bancos e que também tem garantia do Tesouro.
A Febraban ressalta que o Desenrola para pessoas físicas chegou a 14 milhões de pessoas, e renegociou cerca de R$ 50 bilhões em dívidas. O programa voltado às pessoas físicas termina no dia 20 de maio, após duas prorrogações de prazo, e passou a ser acessado também pelas plataformas dos bancos e nas agências dos Correios.
"A extensão do Programa até o dia 20 de maio deste ano, aliada às evoluções em processos implementadas na plataforma, possibilitará que mais pessoas possam conhecer e acessar o Desenrola PF para renegociar suas dívidas, o que contribuirá para uma retomada mais robusta do ciclo econômico", diz a entidade.