A China anunciou nesta sexta-feira (18) detalhes sobre como planeja implementar um pacote de medidas para fortalecer mercados acionários e de títulos no país, de forma a impulsionar a confiança do investidor. O país visa principalmente relaxar restrições para fundos, incluindo regras sobre investimentos estrangeiros.
Segundo a CCTV, as informações foram fornecidas por uma autoridade da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários chinesa, conhecida como CSRC em inglês, em coletiva de imprensa para veículos locais.
A autoridade descreveu os planos para cada um dos mercados financeiros chineses, que consistirão em diversos passos e reformas do sistema atual, envolvendo, por exemplo, as bolsas de Pequim e Hong Kong.
As medidas fazem parte do pacote amplo anunciado pelo Politburo no final de julho, com o objetivo de estabilizar confiança no curto prazo e melhorar o sistema de capital no longo prazo, esclareceu.
Entre as medidas, a autoridade destacou: o relaxamento de restrições para índices acionários e futuros de títulos do Tesouro da China; redução nas taxas de gerenciamento; aumento na proporção de fundos de ativos emitidos; promoção do crescimento das ofertas públicas e do escopo de investimentos; e lançamento de casos "green light" para listagens estrangeiras de empresas.
Além disso, a autoridade ressaltou que um conjunto de ações práticas será lançado para apoiar um "desenvolvimento de alta qualidade" da Bolsa de Pequim.
O governo chinês tenta dar maior credibilidade à economia, após indicadores recentes gerarem desconfiança — a ponto de o presidente dos Estados Unidos dizer que os problemas do país são uma "bomba-relógio", segundo a AFP. Há apreensão, principalmente, com o risco de contágio da crise de gigantes do setor imobiliário, como a Evergrande e a Country Garden, que recentemente revelaram dívidas de centenas de bilhões de dólares.