Considerado a prévia da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) caiu -0,07% em julho. Essa é a primeira deflação no indicador após nove meses no campo positivo. Houve queda de 0,11 ponto percentual em relação à taxa do mês anterior (0,04%). Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta terça-feira (25).
Entre os grupos pesquisados no IPCA-15, o principal impacto negativo para esse resultado veio da queda nos preços da energia elétrica residencial (-3,45%). Isso ocorre diante da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de julho, segundo o IBGE.
Além da energia elétrica residencial, a retração nos preços do botijão de gás (-2,10%) também influenciou a retração do grupo Habitação (-0,94%), um dos que mais impactaram o índice geral. Na outra ponta, a taxa de água de esgoto (0,20%) está entre os itens que subiram. A alta ocorre em razão dos reajustes realizados em três áreas: de 8,33% em Belém (3,18%), a partir de 28 de maio; de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,77%), a partir de 1º de julho; e de 8,20% em Curitiba (0,25%), a partir de 17 de maio.
O grupo de alimentação e bebidas (-0,40%) também teve peso importante no indicador. O resultado é puxado pela deflação de alimentação no domicílio (-0,72%). Entre os alimentos com preços em queda, destacam-se o feijão-carioca (-10,20%), o óleo de soja (-6,14%), o leite longa vida (-2,50%) e as carnes (-2,42%).