O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que é considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,61% em abril. O índice foi divulgado nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em março, o índice foi de 0,71%. Com o resultado divulgado nesta sexta-feira, a alta acumulada da inflação no ano é de 2,72%. Em abril do ano passado, a variação havia sido de 1,06%.
A taxa em 12 meses passou de 4,65%, em março, para 4,18% em abril. O resultado foi o mais baixo desde outubro de 2020, quando estava em 3,92%. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, que tem teto de tolerância até 4,75%.
De acordo com o estudo, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta, com destaque para Saúde e cuidados pessoais, que teve o maior impacto no índice cheio (0,19 ponto percentual) e a maior variação (1,49%) registrada.
— O resultado nesse grupo foi influenciado pela alta nos produtos farmacêuticos, justificada pela autorização do reajuste de até 5,60% no preços nos medicamentos a partir de 31 de março — afirma o analista da pesquisa, André Almeida, destacando também a contribuição de 0,12 ponto percentual e a variação de 3,55%, além dos preços nos planos de saúde, que tiveram alta de 1,20%.
— Houve incorporação das frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023 — acrescenta Almeida.
Os itens de higiene pessoal apresentaram desaceleração de 0,76% em março para 0,56% em abril, influenciados principalmente pelos perfumes, com queda de 1,09%.
Tomate sobe 10%
Alimentação e bebidas contribuiu com 0,15 ponto percentual para o índice de abril, com aceleração de 0,05% em março para 0,71%. Neste recorte, a principal colaboração foi da alimentação no domicílio, que havia apresentado deflação de 0,14% no mês anterior e teve alta de 0,73% em abril.
Cresceram especificamente os preços do tomate, com 10,64%, do leite longa vida, com 4,96%, e do queijo, com 1,97%. Entre os alimentos em queda, os destaques foram a cebola, com 7,01%, e o óleo de soja, com 4,44%.
A inflação em Transportes desacelerou em abril e teve alta de 0,56%, contribuindo com 0,12 ponto percentual. Em março, a variação no grupo havia sido de 2,11%.
— Contribuíram para esse resultado a queda de 0,44% dos combustíveis, que haviam registrado alta de 7,01% em março — explica Almeida, destacando que apenas o etanol (0,92%) subiu no mês, enquanto óleo diesel (-2,25%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,52%) tiveram queda nos preços.
Ainda em Transportes, as passagens aéreas subiram 11,97% em abril, após queda de 5,32% em março, e foram o subitem com maior impacto na inflação geral, com 0,07 ponto percentual.
INPC tem alta de 0,53% no período
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,53% em abril, abaixo do valor registrado em março, que havia sido de 0,64%. Em 2023, o índice acumula alta de 2,42%, e nos últimos 12 meses, de 3,83%. Em abril de 2022, a taxa foi de 1,04%.
De acordo com o IBGE, os produtos alimentícios apresentaram alta de 0,61%, enquanto os produtos não alimentícios registraram inflação de 0,50%. Todas as áreas pesquisadas tiveram variação positiva.