O ministro da Casa Civil, Rui Costa, aposta que o Banco Central (BC) vai anunciar uma redução na taxa básica de juros do país já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 2 e 3 de maio.
Na avaliação do petista, a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), na manhã desta terça-feira (11), menor do que a mediana das expectativas, e as medidas do governo para as contas públicas do país, com a iminente apresentação da nova regra fiscal, justificam o relaxamento monetário.
— Esse conjunto de iniciativas, com certeza, haverá de convencer, e o cenário global, mundial, haverá de convencer o Banco Central a reduzir, a nossa convicção é na próxima reunião, a taxa de juros para que a gente estimule os projetos privados — declarou o ministro em entrevista à CNN Brasil.
Em linha com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o chefe da Casa Civil reforçou as críticas ao nível da Selic, hoje em 13,75%, e relembrou que o juro real brasileiro é o mais alto do mundo. Ele ainda reiterou que o governo tem responsabilidade fiscal e está "fazendo o dever de casa", citando a nova regra fiscal, a reforma tributária e a extinção da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) como exemplo de racionalização de gasto público.
— Estamos introduzindo o conceito de qualidade do gasto público. O juro vai cair, com certeza, e esse otimismo, a entrada de dólar no Brasil a partir de investimentos, eu diria de uma nova imagem do Brasil, haverá de contribuir. Não tem razão para manter juro no patamar que está. Hoje, a sinalização de queda da inflação reforça o sentimento de que o juro precisa cair — acrescentou.