O governo do Rio Grande do Sul lançou, nesta quarta-feira (26), mais uma etapa do programa Avançar, que prevê aportes em áreas estratégicas do Estado. O governador Eduardo Leite e o secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Luiz Henrique Viana, anunciaram investimento de R$ 193,2 milhões em sustentabilidade para 2022. Esse montante vai contemplar os segmentos de clima, energia, água e parques naturais.
— É a maior soma de recursos já disponibilizados para sustentabilidade em 20 anos, porque é o que a gente consegue buscar. Conseguimos assegurar que é nos últimos 20 anos, mas provavelmente, se não o maior, é um dos maiores investimentos que o Estado já fez para a pauta da sustentabilidade, para o meio ambiente. Estamos falando de quase R$ 200 milhões de recursos do Estado investidos em sustentabilidade — afirmou Leite.
O segmento de clima concentra o maior repasse, com R$ 115,3 milhões. Esse valor será investido em diversas frentes, como estações de monitoramento, na qualidade do ar e no balanço de gases de efeito estufa. Mas o maior aporte ocorre no âmbito de biodigestores, com previsão de R$ 50 milhões em fomento. A ideia do Estado é subsidiar inovação na área e alavancar esse investimento, segundo o governador:
— É a parte do Estado para alimentar um investimento muito maior, que é o subsídio que o Estado vai dar em operações com o Badesul para o financiamento em linhas de crédito a projetos que incentivem e promovam soluções inovadoras em biodigestores, com a produção de biogás, de biometano, alcançando investimento de até R$ 250 milhões.
Segundo grupo com maior aporte previsto, R$ 52 milhões, a área de energia conta com ações no Atlas de Geração Hidrográfica, no projeto Hidrogênio Verde e em intervenção para transição energética em Candiota e na Região Carbonífera. O maior repasse ocorre na fase três do programa Energia Forte no Campo, com valor de R$ 40 milhões. Esse projeto prevê a qualificação das redes de distribuição de energia elétrica no meio rural.
Durante a apresentação dessa nova fase do programa, o governador Eduardo Leite também adiantou as próximas ações que serão incluídas no plano de investimentos da sustentabilidade. A nova etapa será focada em mobilidade urbana sustentável. Política para redução das emissões de gases do efeito estufa e poluentes no transporte coletivo urbano de passageiros, por meio de subsídio para a aquisição de veículos com baixa ou nula pegada de carbono, foi anunciada por Leite.
Investimento por áreas
Clima (investimento total: R$ 115,3 milhões)
Entre outros pontos, projetos estão no âmbito de diagnosticar, monitorar e reduzir a emissão dos gases de efeito estufa, de preservação e o uso sustentável do solo e do incentivo ao emprego de energias limpas e renováveis.
Investimento por projetos
- Estações de monitoramento: R$ 25 milhões
- Qualidade do ar: R$ 3,8 milhões
- Balanço de gases de efeito estufa: R$ 20 milhões
- Inventário de emissões e plano de transição energética: R$ 1,5 milhão
- Pagamento por serviços ambientais: R$ 15 milhões
- Biodigestores: R$ 50 milhões (fomento)
Energia (investimento total: R$ 52 milhões)
O governo visa fomentar a transição energética de fontes poluentes para alternativas sustentáveis. Investimentos na área também contam com a expansão da energia em zonas rurais. O governo investirá em hidrogênio verde.
Investimento por projetos
- Atlas de geração hidrográfica: R$ 2 milhões
- Energia Forte no Campo - fase 3: R$ 40 milhões
- Projeto Hidrogênio Verde: R$ 5 milhões
- Projeto Transição Energética Justa - Candiota/Região Carbonífera: R$ 5 milhões
Parques Naturais (investimento total: R$ 22 milhões)
Investimento que pretende qualificar as estruturas dos parques e das unidades de conservação estaduais.
Investimento por projetos
- Concessão de alguns parques e unidades de conservação (UCs) estaduais
- Recuperação de mata ciliar e revitalização de áreas de preservação permanentes municipais
- Assinatura de convênio com Canoas
- PL de criação de UC estadual em Candelária
- Melhorias em cinco UCs: Quarta Colônia, Itapuã, Papagaio Charão, Mato Grande, Banhado Grande
- Regularização fundiária em UCs
Água (investimento total: R$ 3,9 milhões)
Investimentos vão bancar projetos para diagnosticar, monitorar e planejar a utilização das fontes hídricas, reservas e bacias.
Investimento por projetos
- Revitalização de bacias - Bacia do Caí: R$ 850 mil
- Sistema de Outorga de Água do Rio Grande do Sul (Siout-RS): R$ 2,2 milhões
- Gestão binacional, recursos hídricos, Bacia da Lagoa Mirim e lagoas costeiras: R$ 850 mil