O Rio Grande do Sul segue na quinta colocação no ranking de segurança e longevidade do Índice de Desenvolvimento Estadual — Rio Grande do Sul (iRS). De 2018 para 2019, o índice subiu de 0,753 para 0,785. Mas esse avanço está abaixo da média nacional, que subiu de 0,677 para 0,730. O Estado segue distante do melhor desempenho no iRS, o segundo lugar ocupado de 2007 a 2012.
A continuidade na redução no número de homicídios ajuda a explicar a manutenção do Estado entre os cinco primeiros colocados. A taxa caiu de 23,5, em 2018, para 19 a cada 100 mil habitantes em 2019. Esse é o melhor desempenho do Estado nessa variável desde 2011, quando anotou 18,8.
Professor e coordenador do Núcleo de Segurança Cidadã da Faculdade de Direito de Santa Maria (Fadisma), Eduardo Pazinato destaca dois fatores para a redução no número de homicídios. O primeiro ocorre no âmbito de ações do governo estadual no combate a esse tipo de crime, priorizando atuação em territórios com maior concentração desse delito. O segundo seria mudanças nas facções criminosas.
— Parece haver um componente ainda não plenamente aprofundado sobre a dinâmica de atuação das facções gaúchas, que parecem ter mudado um pouco essa lógica do enfrentamento direto, do confronto permanente por disputa de território. Isso tem uma contribuição nesse cenário — avalia Pazinato.
A taxa de mortes no trânsito também apresentou redução, mas mais tímida, caindo de 15,6 para 14,9 para cada grupo de 100 mil habitantes em 2019 — menor nível na série histórica do iRS.
Por outro lado, a mortalidade infantil é a única variável de segurança e longevidade com elevação em 2019 no Estado. Após conseguir ficar abaixo dos dois dígitos pela primeira vez em 2018, quando foi de 9,8 para cada grupo de mil nascidos, a taxa de mortalidade infantil subiu para 10,6 — maior nível em cinco anos.