No ranking de padrão de vida, o Rio Grande do Sul manteve a quinta colocação do Índice de Desenvolvimento Estadual — Rio Grande do Sul (iRS), mas voltou a apresentar redução no indicador. O índice dessa dimensão caiu de 0,629, em 2018, para 0,603 em 2019. O Estado ocupa o quinto lugar desde 2010. Esse recuo não é exclusividade do RS e acompanha o resultado da média nacional, que caiu de 0,562 para 0,535.
Entre as variáveis que integram o padrão de vida, a renda média segue sendo o que mais impacta essa dimensão, caindo pelo segundo ano consecutivo. Essa dimensão do iRS visa a compreender a realização da população do ponto de vista dos bens materiais, do conforto, das facilidades que utensílios e bens proporcionam.
Portanto, a renda é um fator importante para determinar o quão perto as pessoas estão de atingir um mínimo padrão de conforto. Os outros dois índices, de ocupação e de desigualdade, apresentaram retração mais tímida, mantendo resultados praticamente estáveis.
O professor Ely José de Mattos, da Escola de Negócios da PUCRS, afirma que, em 2019, já era notada alguma pressão inflacionária. O salário mínimo necessário, calculado pelo Dieese e considerado a meta a ser atingida na variável renda média do iRS, saiu de R$ 3.960,57, em 2018, para chegar a R$ 4.342,57, em 2019 — elevação de 9,6%.
— O salário mínimo do Dieese subiu e não foi acompanhado pela renda média. O resultado é o aumento da distância da realidade para a meta definida em termos de renda, reduzindo o índice. Ou seja, as famílias estão mais distantes de adquirir o que seria ideal em termos de padrão básico de bem-estar.
Assim como nas outras edições, o Distrito Federal (0,766) lidera o ranking. Mas, mesmo no topo, apresentou redução no indicador em relação a 2018, quando anotou 0,866. Maranhão (0,328) segue na última colocação. O Estado amarga esse posto desde o início da série histórica.