O balanço de resultados divulgado pelo Grupo Madero trouxe dúvidas quanto à continuidade da companhia. Entre as incertezas está o caixa insuficiente para pagar dívidas de curto prazo e a falta de garantias de que conseguirá prorrogar ou refinanciar compromissos fiscais.
A ideia do grupo de abrir capital na Bolsa de Valores brasileira, ou de Nova York, tomou força desde o ano passado.
“A liquidez disponível mais o caixa adicional esperado, gerado pelas operações, não será suficiente para pagar o total das obrigações de dívida de curto prazo antes ou na data de vencimento sem financiamento adicional”, afirmou o Grupo Madero em nota.
A empresa reiterou, porém, que não há garantias de que conseguirá adiar ou refinanciar esses débitos em tempo ou em condições favoráveis.
“A companhia pretende buscar prorrogar ou refinanciar a dívida e continuará discutindo com os bancos parceiros a possibilidade de obtenção de novas linhas de crédito quando necessário para dar suporte à operação”, segue a nota.
Segundo diz o jornal Folha de S.Paulo, o Grupo Madero somava R$ 2,4 bilhões em dívidas com bancos, fornecedores, tributos, entre outros. Desse montante, mais de 30% dos compromissos (R$ 740,4 milhões) venciam em até um ano. Outros 19,2% tinham prazo de um a dois anos. Grande parte da dívida era constituída de empréstimos (R$ 1,2 bilhão).
No primeiro trimestre deste ano, o grupo registrou um prejuízo de R$67,5 milhões – três vezes mais do que o registrado no mesmo período em 2020.