O Pix, ferramenta de transferências e pagamentos instantâneos desenvolvida e lançada pelo Banco Central (BC), cresce rapidamente como alternativa de pagamentos entre empresas e de pessoas a empresas, segundo o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello. O mecanismo já conta com 6 milhões de empresas cadastradas.
— Era esperado que penetrasse muito rapidamente na transferência entre pessoas, mas já está se fazendo cada vez mais importante também para pagamentos comerciais, sejam online ou físicos — afirmou o diretor do BC durante painel do Ciab, tradicional evento de tecnologia e inovação do setor financeiro realizado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
— A expectativa é de que seja usado cada vez mais para pagamentos entre empresas e por serviços que as pessoas compram — disse Pinho de Mello.
Em junho, segundo ele, o número de transações realizadas por meio do Pix deve ultrapassar os 600 milhões.
O diretor do BC acredita que o uso da ferramenta para pagamentos diversos se acelerará à medida em que sejam introduzidas novas funcionalidades ao Pix.
— No terceiro trimestre deste ano, vamos colocar à disposição dos prestadores de serviços de pagamentos e para o comércio varejista a possibilidade do Pix saque e do Pix troco — exemplificou.
Pinho de Mello citou também o Pix offline, que vai permitir pagamentos mesmo sem acesso à internet, seja pelo usuário, seja pelo estabelecimento comercial.
É preciso que a pessoa consiga pagar mesmo sem acesso à internet, ou com sinal precário. No ano que vem, entra em operação o Pix garantido, com parcelamento de compras assegurado pelos bancos que oferecerem essa opção a seus clientes.
Com o Pix devolução, será possível, segundo ele, retroceder em operações irregulares.
— Só quem tem a perder com o Pix devolução são os fraudadores — afirmou Pinho de Mello.
Ele contou que o BC já iniciou conversas para desenvolver também o Pix internacional, que permitirá pagamentos ou remessas para outros países.