Um evento em formato online vai debater, na segunda-feira (26), possíveis caminhos para o Rio Grande do Sul superar dificuldades na área de ensino. Trata-se da Live Fórum iRS: os desafios contemporâneos da educação. O encontro poderá ser acompanhado pelo público em geral, a partir das 19h30min, no canal da PUCRS no YouTube.
A atividade integra a sétima edição do Índice de Desenvolvimento Estadual — Rio Grande do Sul (iRS). Resultado de parceria entre ZH e PUCRS, o levantamento mede a qualidade de vida nas 27 unidades da federação. Para isso, analisa três dimensões: educação, padrão de vida e, reunidas, segurança e longevidade.
Divulgada por GZH na última terça-feira (20), a sétima edição do iRS mostrou que o ensino é a área em que os gaúchos estão mais distantes do topo nacional. O período de análise é 2018, o intervalo mais recente com dados disponíveis.
À época, o Rio Grande do Sul perdeu duas posições no ranking específico de educação, passando para o 16º lugar. Ou seja, ficou mais uma vez no segundo pelotão do país nessa dimensão.
O fórum de segunda-feira terá a participação de Ely José de Mattos, coordenador do iRS e professor da Escola de Negócios da PUCRS, e Gabriel Corrêa, líder de políticas educacionais do movimento Todos Pela Educação. A mediação do encontro será do jornalista Tulio Milman, do Grupo RBS.
— Como a educação é a dimensão em que o Estado mais sofre no iRS, vale a pena investir em um debate qualificado sobre soluções para a área. A ideia é pensar em alternativas para os desafios contemporâneos — conta Ely.
A escala do iRS varia de zero a um, a exemplo do que ocorre com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Nessa fórmula, quanto maior o resultado, melhor o desempenho de cada região.
Em 2018, o índice gaúcho de educação recuou de 0,588 para 0,585. Significa que o Estado teve média inferior à brasileira. No mesmo período, o indicador do país passou de 0,614 para 0,616.
A posição estadual pode ser explicada, em parte, pela taxa de distorção idade-série no Ensino Médio. Em 2018, essa variável subiu pelo terceiro ano seguido, de 33,3% para 34,7%. É a maior da série histórica, com dados desde 2007. Sinaliza que, de cada cem alunos, 34 tinham pelo menos dois anos de atraso escolar no Rio Grande do Sul.
No ranking geral do iRS, que contempla as três dimensões avaliadas, o Estado permaneceu em sexto lugar. É o segundo ano consecutivo sem os gaúchos entre os cinco primeiros colocados. Na lista específica de segurança e longevidade, o Rio Grande do Sul ganhou duas posições em 2018. Com trégua na taxa de homicídios, o Estado subiu do sétimo para o quinto lugar.
Já em padrão de vida, que analisa variáveis como renda e desigualdade, não houve mudança. Os gaúchos continuaram na quinta colocação no ranking dessa dimensão.
Agenda
- O quê: Live Fórum iRS: os desafios contemporâneos da educação
- Quando: segunda-feira, às 19h30min
- Onde: canal da PUCRS no YouTube (www.youtube.com/pucrsonline)
- Quem: o encontro terá a participação de Ely José de Mattos, coordenador do iRS e professor da Escola de Negócios da PUCRS, e Gabriel Corrêa, líder de políticas educacionais do Todos Pela Educação. A mediação será do jornalista Tulio Milman, do Grupo RBS
O iRS
Com foco na vida real e formato simplificado, o índice é fruto de parceria entre ZH e PUCRS. O indicador, criado em 2014, aponta o desempenho dos Estados e do Distrito Federal em três dimensões: padrão de vida, educação e, reunidas, segurança e longevidade. O iRS tem o mesmo referencial teórico do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - lançado em 1990 como complemento a levantamentos que avaliam apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.