A arrecadação de ICMS no Rio Grande do Sul fechou o mês de setembro com crescimento de 10% em relação ao mesmo período de 2019. Em 2020, foram arrecadados R$ 3,32 bilhões, contra R$ 3,02 bi no ano anterior. A diferença, de R$ 300 milhões, está atualizada pelo IPCA. É o melhor desempenho mensal desde o início do ano, mesmo considerando os meses de janeiro e fevereiro, que são anteriores à pandemia. Os dados constam no boletim sobre os impactos da covid-19 nas movimentações econômicas dos contribuintes do Estado da Secretaria Estadual da Fazenda.
Após cinco meses consecutivos de variações negativas entre março e julho, a arrecadação começou a dar sinais positivos em agosto, quando registrou ganho de 1,7% (R$ 50 milhões) frente ao mesmo mês do ano anterior.
- O resultado de setembro é expressivo, pois supera inclusive os meses de janeiro e fevereiro, que indicaram crescimento de 4% e 6,7%, respectivamente. Entretanto, no acumulado do ano ainda estamos com queda de 4,4%. Ou seja, arrecadamos R$ 1,18 bilhão a menos em ICMS do que em 2019 – destaca Ricardo Neves Pereira, subsecretário da Receita Estadual.
Ele também explica que os próximos meses serão fundamentais para a consolidação da tendência de recuperação, tanto sob o ponto de vista da evolução da pandemia quanto da arrecadação, que pode ter sido impactada em setembro por uma espécie de efeito rebote das vendas represadas anteriormente.
Onze segmentos apresentaram variação positiva em setembro. Em agosto, foram 10; em julho, seis; em junho, três; e em maio e abril, dois. Os melhores desempenhos foram registrados nos setores de Transportes (+133,9%) e Eletrônicos e Artefatos Domésticos (+28,5%). As maiores quedas foram dos ramos de Calçados e Vestuários (-29,2%), Bebidas (-6%) e Combustíveis e Lubrificantes (-5,1%).