As principais bolsas de valores do mundo registram grandes perdas nesta segunda-feira (9), arrastadas pela propagação da epidemia mundial de coronavírus e pela queda dos preços do petróleo — o preço do barril teve a maior desvalorização desde a Guerra do Golfo, em 1991.
Na Europa, as perdas foram de quase 12%. No início das operações, o índice FTSE-100 de Londres perdia 8,52%; o Dax de Frankfurt, 7,4%; o CAC-40 de Paris, 5,71%; o Ibex-35 de Madri, 6,7%; e o OBX de Oslo, 12%. O índice FTSE MIB de Milão recuava 8% poucos minutos depois da abertura.
Na Ásia, a bolsa de Tóquio foi especialmente afetada, com a disparada da cotação do iene, considerado um valor refúgio, na comparação com o dólar. O índice Nikkei registrou queda de 5,07%, a 19.698,76 pontos, algo que não acontecia desde fevereiro de 2018, no início da guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Os mercados chineses também operavam em forte queda. O índice Hang Seng de Hong Kong recuou quase 3,7%. A bolsa de Shenzhen retrocedia 2,86% e a de Xangai, mais de 3%.
As quedas são uma consequência do desabamento do preço do petróleo após o fracasso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia sobre reduções de produção, em um contexto de queda da demanda devido ao coronavírus. A Rússia rejeitou apelos por um corte de quase 4% na produção mundial.