O dólar ganhou força frente aos principais pares pelo quarto pregão seguido. O real foi a moeda emergente que mais se desvalorizou na sessão e a cotação da moeda americana bateu novo recorde, a R$ 4,2860, alta de 1,10%. Após três pregões de alta e com a forte queda das ações de bancos, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira,cedeu 0,72% nesta quinta-feira (6), a 115.189 pontos.
A queda não foi maior pela valorização da Petrobras, após follow-on do BNDES o banco arrecadou R$ 22 bilhões com a venda dos papéis da petroleira, a R$ 30 cada. As ações preferenciais da Petrobras (sem direito a voto) subiram 2,8%, a R$ 29,18. As ordinárias (com direito a voto) tiveram alta de 2,7%, a R$ 31,30.
O giro do Ibovespa ficou acima da média diária para o ano, a R$ 28,335 bilhões. Com bons resultados corporativos e expectativa de forte criação de empregos em janeiro nos Estados Unidos, investidores estrangeiros tendem a retirar recursos de países emergentes e aplicá-los no mercado americano.
As Bolsas de Nova York bateram recorde nesta quinta, véspera da divulgação da criação de empregos nos Estados Unidos. Dow Jones e S&P 500 subiram 0,30 e 0,33, respectivamente, e Nasdaq, 0,67%.
Com o corte na Selic na quarta (5), aplicações em renda fixa no Brasil ficam menos vantajosas para estrangeiros e mais dólares saem do país, elevando o preço da divisa.
Segundo analistas, a visão da agência de classificação de risco Fitch, de que Brasil pode demorar até 10 anos para recuperar grau de investimento, também pesou para o cenário de aversão a risco no Brasil.