O dólar encerrou esta sexta-feira (31) com alta de 0,63%, para R$ 4,286. Assim, a moeda aeo dólar fechou o primeiro mês do ano com elevação acumulada em torno de 6%.
Boa parte desse movimento foi fruto do surto de aversão do risco dos investidores globais provocado pelo coronavírus, que entrou no radar do mercado financeiro há quinze dias, com o primeiro caso registrado nos Estados Unidos. O valor de fechamento de janeiro também é o novo recorde nominal da história.
Depois das primeiras estimativas de perdas econômicas em decorrência da disseminação da doença e mesmo das medidas de proteção para sustar o contágio focadas na China, as projeções começam a se espalhar para outros países. Nesta sexta-feira (31), o banco de investimento americano Goldman Sachs calculou que o surto da doença pode impactar o crescimento americano em 0,4 ponto percentual no primeiro trimestre.
Nesta sexta-feira (31), duas novas informações relacionadas à disseminação da doença respiratória provocada por essa nova cepa contagiaram os mercados. Uma foi a reação forte, nos Estados Unidos, ao primeiro caso de transmissão interna do vírus, em Illinois, Estado com forte produção agrícola. Outra foi a orientação do governo americano para que os cidadãos do país evitem viagens a China. Pela primeira vez desde que as inquietações com os efeitos financeiros do coronavírus começaram a afetar os mercados, a bolsa de Nova York registra queda tão acentuada quanto as das europeias, acima de 1%.
A bolsa de valores no Brasil fechou com baixa de 1,53%, a 113 mil pontos. A queda foi até suave perto do tombo de 2,05% do principal indicador da bolsa de Nova York. Embora variações acima de 2% sejam frequentes no Brasil, um mercado emergente e com participação restrita de pessoas físicas, perdas dessa dimensão não são usuais em praças maduras e com maior peso na economia e nas poupanças individuais e coletivas, caso dos Estados Unidos.