As bolsas de valores da China registraram nesta segunda-feira (3) baixas expressivas de mais 7% — o maior recuo diário desde 2015 —, em um momento de pânico nos mercados pela epidemia do novo coronavírus no país. A doença já causou ao menos 361 mortes.
O índice composto da Bolsa de Xangai fechou em queda de 7,72%, a 2.746 pontos, enquanto a Bolsa de Shenzhen, a segunda maior da China, terminou com recuo de 8,41%, a 1.609 pontos.
Esta foi a primeira sessão das bolsas chinesas após o longo recesso das férias do Ano-Novo lunar. As bolsas de Xangai e Shenzhen estavam fechadas desde 24 de janeiro, um dia após o início da quarentena em Wuhan, epicentro da epidemia do novo coronavírus.
Nos últimos 10 dias, os índices das bolsas ao redor do mundo registraram baixas consideráveis em consequência da epidemia na China. Na sexta-feira (31), por exemplo, a bolsa de São Paulo fechou com queda de 1,53%, a 113 mil pontos, enquanto a de Nova York teve tombo de 2,05%.
— O pânico dos investidores se propagou rapidamente a todos os níveis e dominará o mercado a curto prazo — declarou Yang Delong, economista do First Seafront Fund.