Após uma série de adiamentos do envio da reforma administrativa ao Congresso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta quinta-feira (20), que o texto está mais estruturado.
— A questão da reforma administrativa está madura agora. Não podemos apresentar uma reforma e depois nós mesmos buscarmos deputados e senadores para que ela venha a ser corrigida — disse, durante cerimônia para lançamento de crédito imobiliário no Palácio do Planalto.
O texto que vai alterar as regras para novos servidores federais está em desenvolvimento desde o ano passado. Bolsonaro chegou a afirmar que ele seria entregue ao Legislativo ainda em 2019, mas a falta de consenso acabou levando a uma série de adiamentos. Outra promessa feita é de que a proposta chegaria às mãos dos parlamentares nas primeiras semanas de atividade legislativa desse ano, mas agora deve ficar apenas para março.
Com divergências entre a equipe política e econômica, o texto está em fase final de elaboração e aos cuidados do próprio Bolsonaro, que passou os últimos dias debatendo o tema com sua equipe. No mesmo evento, Paulo Guedes também defendeu os "palpites" de Bolsonaro.
— O presidente tem 60 milhões de votos e não vai dar palpite na reforma? Tem que dar! A [reforma] administrativa, o presidente está dando uma olhada, fazendo algumas mexidas que são corretas. A turma técnica sonhando com um futuro de administração pública completamente despolitizada e desaparelhada. Então, a técnica vai lá na reforma administrativa e coloca: 'olha, o funcionário público não pode ter filiação partidária'. Aí o presidente fala: 'espera aí, o exercício da política é o direito da liberdade, o sujeito que é funcionário público pode escolher o partido dele — disse.
Ele justificou a demora do envio do texto pelos ajustes necessários.