A proposta do governo Bolsonaro para a reforma administrativa será enviada ao Congresso em até duas semanas, disse nesta quinta-feira (30) o ministro da Economia, Paulo Guedes. O projeto não deve afetar direitos dos atuais funcionários públicos.
Segundo Guedes, é possível incluir algum tipo de avaliação de desempenho que dê elementos ao desligamento de servidores, ainda que isso possa aumentar a resistência ao texto. Previsto no artigo 41 da Constituição, os mecanismos de avaliação nunca foram implantados. Para Guedes, porém, essa decisão cabe à classe política.
— A (reforma) administrativa acho que é a mais simples de aprovar. Nós desidratamos para não atingir os direitos dos atuais (servidores). Ela está muito simples de aprovar. Agora, se a gente começar a ouvir a opinião pública e turbinar um pouco a proposta, e incluir a meritocracia para os atuais, aí pode ser que tenha oposição, mas de novo eu delego isso para a classe política — disse.
Guedes participou nesta quinta de um debate sobre a agenda econômica, promovido pelo CLP - Liderança Política, em São Paulo. Inicialmente, ele debateria o assunto com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas as apresentações dos dois acabaram sendo separadas porque o parlamentar se atrasou.
Segundo o ministro da Economia, o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu em enviar o texto da reforma administrativa tão logo o Congresso retorne do recesso. Ao chegar ao evento nesta quinta, Maia disse que havia a necessidade de alinhar as narrativas, para que todos fossem responsáveis pelo que considera uma demora no envio das reformas.