O IPE-Saúde vem tendo sucesso na cobrança de dívidas de órgãos públicos conveniados. Depois da Assembleia Legislativa, que depositou R$ 1,7 milhão em 16 de outubro, mais dinheiro entrou nos cofres do instituto nesta semana. Ministério Público, Defensoria Pública, Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) e Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) quitaram, juntos, R$ 2,07 milhões. Os valores são referentes a repasses patronais atrasados entre abril de 2018 e setembro de 2019, sem juros e multa.
— Eu celebro o acordo institucional promovido. O processo foi marcado por diálogo objetivo e produtivo. Traçamos como meta fazer aquilo que pode ser feito, de modo célere e efetivo. A sensibilidade dos chefes de poderes e dos dirigentes administrativos financeiros dos órgãos merece ser reconhecida. Podemos dizer que um novo clico no relacionamento do IPE-Saúde foi erguido — destaca o presidente do instituto, Marcus Vinícius Vieira de Almeida.
Ainda faltam pagar dívidas desse período o Executivo (R$ 70 milhões), o Tribunal de Justiça (R$ 10.081.984,89), o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (R$ 4.939.356,96), a extinta Superintendência de Portos e Hidrovias (R$ 1.035.337,38), o Tribunal de Contas do Estado (R$ 701.260,97), a extinta Superintendência do Porto do Rio Grande (R$ 53.490,06), o Detran (R$2.388,08) e a extinta Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (R$ 1.761,36).
A expectativa do instituto é receber esses valores ainda neste ano. Mas as dívidas dos órgãos com o IPE-Saúde não pararam por aí. Ainda há pendências de anos anteriores que seguem em negociação. Em julho, GaúchaZH revelou que o passivo total com o IPE-Saúde é de R$ 637,7 milhões. O instituto é responsável por garantir atendimento médico e hospitalar a quase 10% da população do Rio Grande do Sul.