O setor de serviços no Brasil recuou 1% no mês de junho, informou nesta sexta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em divulgação de sua pesquisa mensal. Foi a pior queda de 2019 até então.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o setor de serviços caiu 3,6%. No acumulado do ano, a alta é de 0,6% e no dos últimos 12 meses, de 0,7%.
O resultado é o pior para um mês junho desde 2015, quando apontou a mesma queda. De acordo com o IBGE, a retratação foi acompanhada por todas as cinco atividades de divulgação investigadas, o que não acontecia desde maio de 2018, mês da greve dos caminhoneiros.
— A greve dos caminhoneiros gerou um excesso de demanda em junho do ano passado, o que dá a dimensão do quão alto estava o patamar para os transportes — explica Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.
As quedas existiram nos setores de informação e comunicação (-2,6%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1%), serviços profissionais, administrativos e complementares (-1%), serviços prestados às famílias (-0,2%) e outros serviços (-2,3%).
Após ensaiar recuperação em abril, com avanço de 0,5% e interromper três taxas negativas seguidas (perda acumulada de 1,6%), a atividade do setor de serviços havia ficado estável em maio.
Se o primeiro trimestre no setor de serviços foi no vermelho, o mesmo pode se dizer da média móvel trimestral correspondente a abril, maio e junho. No período, o volume de serviços recuou 0,2%.
De acordo com o IBGE, das 27 unidades da federação, 19 tiveram retratação no volume de serviços em junho de 2019. Entre os locais com resultados negativos estão Rio de Janeiro (-3,4%), São Paulo (-1,6%), Santa Catarina (-4,9%) e Distrito Federal (-4,2%).