Um grupo de clientes da empresa Indeal, investigada por atividades de fraude financeira na operação Egypto, por suposta captação irregular para operação em criptomoedas, realizou um protesto na tarde desta sexta-feira (26) contra o Ministério Público Federal em Porto Alegre. Cerca de 200 pessoas se reúnem em frente ao prédio do MPF, no bairro Praia de Belas.
Com placas e cartazes, o grupo demonstrava apoio à empresa e pedia que celeridade aos processos, para a liberação dos valores bloqueados. Cliente da Indeal, Carolina Oliveira disse que a manifestação tenta pressionar as autoridades do judiciário a fechar acordo com a empresa para que os investidores sejam ressarcidos. Os manifestantes esperam ser recebidos ao longo da tarde por membros do MPF.
— Estamos pedindo para que os órgãos competentes liberem a empresa para liberar valores bloqueados. Nós queremos que haja um acordo entre a empresa e os órgãos. Não queremos ficar na situação que estamos. Têm pessoas doentes, que precisam do dinheiro, e que investiram. A empresa sempre honrou com seus compromissos. Quem não está fazendo isso são as autoridades— declarou.
A investigação
A operação Egypto foi deflagrada em maio deste ano. Segundo a denúncia do MPF, os acusados disponibilizaram serviços ilícitos através da empresa Indeal, sediada em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, sem autorização do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários. Nessa quarta-feira, a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal foi recebida pela Justiça
A promessa aos clientes era de um investimento em criptomoedas com remuneração de rendimento de 15% ao mês. O esquema começou em agosto de 2017 e só terminou em maio deste ano, quando a operação foi deflagrada.
Ao menos 15 pessoas já foram denunciadas por fraudes financeiras. Os réus são acusados de integrarem organização que operava uma instituição financeira que captava recursos para investimento em mercado de criptomoedas.