O Rio Grande do Sul teve o pior desempenho do país em maio no mercado de trabalho formal. No mês passado, o Estado fechou 11,2 mil empregos com carteira assinada. O resultado foi o mais baixo para o período desde 2017, quando houve o encerramento de 12,3 mil vagas. Os dados integram a pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgada pelo Ministério da Economia na tarde desta quinta-feira (27).
O saldo gaúcho no mês passado decorreu da abertura de 84,9 mil postos e do fechamento de outros 96,1 mil. O desempenho contrasta com o verificado no país, que abriu 32,1 mil empregos em maio.
O resultado gaúcho foi influenciado, principalmente, pela agropecuária, que amargou o fechamento de 4,2 mil postos de trabalho. Segundo o economista-chefe do Sistema da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Antônio da Luz, o desempenho do setor reflete questões sazonais.
— O período é de entressafra. Com o fim do ciclo das lavouras de verão, há o encerramento de contratos de trabalho temporário — explica o economista.
Entre os setores, a indústria de transformação teve o segundo maior saldo negativo em maio. Conforme o Caged, as fábricas gaúchas fecharam 3,9 mil empregos. Comércio (-2,6 mil), serviços (-260) e construção civil (-223) também ficaram no vermelho. Na contramão, indústria extrativa mineral (52), administração pública (16) e serviços industriais de utilidade pública (10) tiveram saldos levemente positivos.
Mesmo com o desempenho em maio, o saldo acumulado pelo Rio Grande do Sul no ano segue no azul. Em 2019, o Estado registra abertura de 25 mil vagas formais. No acumulado de 12 meses, o saldo também é positivo, com 12 mil vagas criadas.