O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta terça-feira (18) que já avalia novos nomes para substituir o general Juarez Aparecido de Paula Cunha à frente dos Correios e que uma das medidas a serem tocadas pelo escolhido será a privatização da empresa.
— Está nascendo a criança aí — afirmou Bolsonaro após solenidade de hasteamento da bandeira nacional. — Tem alguns nomes aparecendo. Logicamente, o presidente que vai assumir vai cumprir seu papel naturalmente, e o governo deu sinal verde para buscar privatização — disse, ressaltando que a decisão de vender a estatal precisa passar pelo Congresso.
Na sexta-feira (14), Bolsonaro afirmou que demitiria Cunha por causa de seu comportamento de "sindicalista". O presidente não gostou de o general ter tirado foto com parlamentares de esquerda e também de ter dito que não privatizaria os Correios, como quer o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ao final de um café da manhã com jornalistas, o presidente comentou que deve exonerar Juarez nos próximos dias por seus gestos durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
Segundo o jornal Estado de S. Paulo, nesta segunda (17) o presidente dos Correios afirmou a um auditório lotado de funcionários que só deixa o cargo após Bolsonaro formalizar sua demissão:
— Só vou sair daqui a hora que chegar oficialmente. Aí eu saio, senão, não saio, não.
De acordo com o jornal, na apresentação, o general falou sobre a privatização e disse que a decisão de vender a estatal era promessa de campanha de Bolsonaro. No entanto, afirmou que este será um processo demorado.