A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (3) aumento médio de 2,5% no preço do diesel vendido em suas refinarias. A empresa elevou também os preços do gás de cozinha vendido em botijões de 13 quilos, mais usados nas residências. O reajuste no preço do diesel ocorre 15 dias após a última alta, de 4,8%, em 18 de abril, respeitando o prazo mínimo definido pela política de preços da estatal.
A partir deste sábado (4), o diesel será vendido pelas refinarias da empresa, em média, a R$ 2,3047, por litro, alta de R$ 0,0577 com relação ao valor vigente até esta sexta. Não houve alteração no preço da gasolina.
É o segundo aumento no preço do diesel desde que a empresa suspendeu elevação de 5,7%, anunciada no dia 11 de abril, em função de riscos de nova greve dos caminhoneiros. O recuo se deu após telefonema do presidente Jair Bolsonaro ao presidente da estatal, Roberto Castello Branco.
A suspensão do reajuste levantou temores sobre intervenção do governo na gestão da Petrobras, derrubando o valor das ações da empresa. No pregão do dia seguinte, a companhia perdeu R$ 32 bilhões em valor de mercado.
O preço do gás vendido em botijões de 13 quilos foi reajustado em 3,4%. A partir deste sábado, o combustível será vendido pelas refinarias da Petrobras a R$ 26,20 por cada 13 quilos.
Esse produto é reajustado pela Petrobras a cada três meses. Já o óleo diesel tem reajustes num prazo mínimo de 15 dias. A gasolina, que já subiu três vezes em abril, tem reajustes, no máximo, a cada 15 dias.
Os repasses ao consumidor dependem de fatores como impostos e margens de distribuidoras e postos. O preço de venda da Petrobras corresponde a 56% do preço final de venda do diesel. No botijão de gás, são 34%.