O dólar comercial segue em alta e fechou o pregão desta segunda-feira (20) em R$ 4,1049 - com variação de 0,072 %. O cenário ocorre mesmo com intervenção do Banco Central nesta manhã, quando dois leilões de linha foram realizados.
Segundo analistas, um dos motivos para a disparada da moeda norte-americana é a tensão entre Estados Unidos e China. Com as duas maiores economias do mundo em guerra comercial, as tarifas se elevam uma contra a outra, respondendo com retaliações.
Outro fator é a incerteza em relação a aprovação da reforma da Previdência, proposta pelo governo Jair Bolsonaro, e a falta de articulação sobre o tema.
Na última quinta-feira (16), o dólar atingiu a marca dos R$ 4. Depois, continuou se mantendo acima desse valor. Na última sexta (17), marcou R$ 4,11, mas recuou e fechou em R$ 4,10.
Bolsa
Já a Bolsa brasileira começou a retomar o crescimento após tombo de 4,5% na semana passada. Confiantes com a aprovação de alguma reforma da Previdência -quer seja do governo Bolsonaro, quer seja um texto alternativo da Câmara-, o mercado retomou posições nas companhias abertas e levou o Ibovespa a alta de 2,17%. Durante o pregão, o índice bateu os 92.116 pontos e fechou próximo do mesmo patamar, a 91.946 pontos.
Manobras do Banco Central
Os números vistos nesta segunda ocorrem após uma tentativa, sem sucesso, do Banco Central de frear a alta do dólar. O BC realizou, nesta manhã, dois leilões de linha que não surtiram efeito.
A primeira venda, chamada de leilão A, teve início às 12h15min, com termino às 12h20min, arrematando US$ 251 milhões. A segunda venda, leilão B, aconteceu das 12h30min às 12h35min e arrematou US$ 999 milhões.
O valor segue o limite estipulado previamente de venda de US$ 1,25 bilhão por dia. Na terça (21) e na quarta (22) estão programados novas vendas com compromisso de recompra.
Às 12h40min, o dólar subia 0,29% a R$ 4,1140.
O movimento indica que a alta da moeda é ocasionada pela aposta de investidores de que o dólar continuará a se valorizar e não pela falta de papeis americanos no mercado.