A China partiu para o contra-ataque e anunciou, nesta segunda-feira (13), que vai elevar para 25% as tarifas sobre 5.140 produtos importados dos Estados Unidos, acirrando a guerra comercial entre as duas potências. A medida envolve US$ 60 bilhões (R$ 237,4 bilhões) em bens americanos importados dos chineses e começa a valer em 1º de junho.
A retaliação veio após os americanos elevarem, de 10% para 25%, as tarifas contra US$ 200 bilhões (R$ 791,4 bilhões) em produtos chineses, tomada na semana passada.
Além da elevação das tarifas em produtos chineses, o presidente Donald Trump ordenou que o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, comece a impor tarifas sobre as demais importações chinesas, o que inclui cerca de outros US$ 300 bilhões (R$ 1,187 trilhão) em produtos.
Mais cedo, Trump chegou a alertar a China para que não retaliasse e disse que o país asiático seria "duramente afetado se não fizer um acordo". O americano acusou ainda os chineses de quebrarem um acordo comercial que estava sendo negociado entre os dois países.
O governo da China, porém, rebateu que nunca vai se render a pressões externas.
O acirramento da guerra comercial entre os dois países mexeu com os mercados. No Brasil, o dólar subiu mais de 1% no pré-mercado e bateu os R$ 4. Às 10h29min, a moeda americana avançava 0,94%, a R$ 3,9814 na venda.