O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colocou em prática nesta sexta-feira (10) a elevação de tarifas de importação de 10% para 25% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses. Ele já havia anunciado no último domingo (5) que faria a mudança, em meio a uma escalada da guerra comercial entre os países que se arrasta desde 2018.
As tarifas passaram a vigorar a partir da 0h01min de Washington (1h01min de Brasília), apesar de negociadores americanos e chineses terem se encontrado na quinta-feira (9). As conversas continuarão na manhã desta sexta em Washington.
Em comunicado, o Ministério do Comércio da China disse lamentar que vá ter de retaliar a decisão americana – embora não tenha especificado quais medidas tomará.
Após as ameaças de Trump no fim de semana, o mercado financeiro reagiu mal – com fortes quedas nas Bolsas pelo mundo –, mas depois amenizou as perdas ao absorver a análise de que o presidente americano estava apenas fazendo uso de uma estratégia de negociação e não sinalizava uma ruptura de fato com a China.
Analistas nos EUA ainda acreditam que o acordo será fechado nos mesmos termos previstos, com respeito à propriedade intelectual, queda nas tarifas e lista negativa de investimentos na China – para empresas americanas atuarem em solo chinês.
A avaliação é que Trump concedeu um deadline muito curto – até esta sexta – para o fechamento de qualquer acordo mais alentado e agora, afirmam os especialistas, a alta da tarifa deve seguir temporariamente até que Washington e Pequim cheguem a um consenso.