O lucro líquido do Banco do Brasil cresceu 40% no primeiro trimestre deste ano, quando comparado como mesmo período de 2018, chegando a R$ 4,2 bilhões. O resultado, divulgado nesta quinta-feira (9), reflete o aumento de 24% da margem financeira líquida (a principal receita dos bancos, gerada com operações de crédito), que foi a R$ 9,6 bilhões.
A carteira de crédito ampliada, que inclui operações como emissões de dívidas de empresas, encerrou o primeiro trimestre em R$ 684,2 bilhões, praticamente estável na comparação com o primeiro trimestre do ano passado (+0,8%).
Segundo o banco, a estabilidade reflete o vencimento da operação de uma grande empresa, que encolheu o estoque de crédito PJ. Já na pessoa física, houve incremento de 7,7%.
O principal destaque foi a carteira de empréstimo pessoal não consignado, que saltou 86%, para R$ 8,5 bilhões. Segue, porém, uma fração do crédito consignado (com garantia do salário de trabalhadores e aposentados) - que cresceu 7,1%, para R$ 72,7 bilhões.
Outro salto expressivo foi o da linha de cartão de crédito, que avançou 11,2%, a exemplo do que ocorreu com os bancos privados.
A estatal manteve estável a carteira de crédito do agronegócio, que alcança R$ 184,7 bilhões. Neste começo de nova gestão, o presidente Rubem Novaes já havia dito que o BB reduziria sua atuação nesse segmento.
Com a carteira avançando mais para o público pessoa física e em linhas mais arriscadas, o Banco do Brasil conseguiu manter sua margem financeira mesmo em um cenário de taxa Selic na mínima histórica, de 6,5%.
A inadimplência acima de 90 dias ficou em 2,59%, uma leve alta na comparação com o quarto trimestre, mas queda antes os 3,63% registrados um ano antes.