Com queda na produção de petróleo e menores margens nas vendas de combustíveis, a Petrobras fechou o primeiro trimestre de 2019 com lucro líquido de R$ 4 bilhões, queda de 42% em relação ao verificado no mesmo período do ano anterior. O resultado também foi impactado por mudanças em normas contábeis e pela provisão de R$ 1,3 bilhão para litígio envolvendo a empresa de sondas Sete Brasil.
Responsável pela produção e venda de combustíveis, a área de refino da Petrobras teve lucro de R$ 1,9 bilhão, queda de 38% em relação ao primeiro trimestre de 2018. Já o lucro da área de exploração e produção de petróleo caiu 12%, para R$ 10,1 bilhões.
Foi o primeiro balanço divulgado sob a nova norma contábil IFRS 16, que obriga as empresas a classificarem como dívida os aluguéis de equipamentos. A Petrobras contabilizou um aumento de R$ 103,4 bilhões em seu endividamento, que chegou a R$ 372,2 bilhões.
Assim, o indicador de dívida líquida sobre Ebitda (indicador que mede a geração de caixa) foi de 3,19 vezes. Sem considerar os efeitos da mudança contábil, disse a companhia, a dívida seria de R$ 266,3 bilhões e o indicador de endividamento, de 2,37 vezes.
No primeiro trimestre, a Petrobras teve receita de R$ 80 bilhões, 7% a mais do que no mesmo período de 2018. O Ebitda também aumentou 7%, para R$ 27,5 bilhões.
Com o resultado, a estatal aprovou pagamento de R$ 1,3 bilhão aos acionistas como dividendos antecipados pelo lucro trimestral.
Em 2018, a Petrobras teve o seu primeiro lucro líquido anual após quatro anos de prejuízos com a contabilização de perdas provocadas pelo esquema de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato.
Com o resultado, de R$ 25,7 bilhões, se comprometeu a pagar a seus acionistas dividendos de R$ 7,1 bilhões.