A Petrobras informou, nesta quarta-feira (1º), que vendeu a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, para a Chevron por US$ 467 milhões (equivalente a R$ 1,8 bilhão). O comunicado foi publicado no site da estatal.
"O fechamento da transação ocorreu hoje com o pagamento pela Chevron para a PAI de US$ 467 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão), sendo US$ 350 milhões pelo valor das ações e US$ 117 milhões de capital de giro, que será ajustado posteriormente para refletir a posição da data do fechamento. Esta operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando a geração de valor para os nossos acionistas", afirmou a petroleira.
A refinaria de Pasadena foi alvo de polêmicas e investigações durante o governo de Dilma Rousseff. Ela foi comprada em 2006 sob o argumento de que a Petrobras precisava de um ponto de entrada no mercado americano de combustíveis.
A estatal pagou US$ 360 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão) por metade da empresa, quase oito vezes mais do que os US$ 42 milhões (R$ 155 milhões) desembolsados um ano antes pela suíça Astra por 100% do capital. Após disputa judicial, acabou desembolsando US$ 1,2 bilhão (R$ 4,4 bilhões) para ficar com todas as ações. Com a crise financeira, a Petrobras decidiu reduzir suas operações no exterior e incluir Pasadena em sua lista de ativos à venda.
O processo de compra da refinaria foi alvo da Operação Lava-Jato e é investigada também pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que avalia responsabilidades da gestão da empresa durante os governos petistas pelo prejuízo.
Em uma das ações, a área técnica da autarquia pede a condenação de ex-diretores e ex-conselheiros da estatal, incluindo a ex-presidente Dilma Rousseff, por terem faltado com o dever de diligência ao aprovar a compra da empresa.