A confiança do mercado na aprovação da reforma da Previdência foi reforçada com o pacto entre os três poderes desta terça (28). Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo, Dias Toffoli, se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro e ministros para dialogar e firmar metas, em especial, para o avanço a nova Previdência.
A Bolsa teve mais um pregão de forte recuperação e retomou os 96 mil pontos. O dólar recuou 0,29%, cotado a R$ 4,0240.
Além da trégua entre governo Bolsonaro e Legislativo, Maia deu mais um sinal positivo para investidores. Nesta terça, o presidente da Câmara disse que pedirá ao relator da reforma, Samuel Moreira (PSDB-SP), que apresente seu texto à comissão especial antes de 15 de junho, em um esforço para tentar aprovar o projeto ainda no primeiro semestre.
Com o cenário doméstico positivo, o Ibovespa, maior índice acionário do país, subiu 1,61%, a 96.392 pontos, maior patamar para o mês. O giro financeiro foi de R$ 24,509 bilhões, bem acima da média diária para o ano.
Na véspera, o volume foi baixo com o mercado americano fechado por feriado. Nesta terça, as transações compensaram a fraca segunda (27).
As ações da Magazine Luiza voltaram a ser um destaque positivo, com ganhos de 6,18%, a R$ 189. A varejista anunciou parceria com o Carrefour Brasil, por meio da qual o Magazine Luiza venderá eletrodomésticos e produtos eletrônicos em dois supermercados do grupo por seis meses.
Em comunicados separados, as companhias afirmaram que a parceria "visa criar um novo modelo de negócio utilizando-se da experiência e do conhecimento das duas empresas na venda de eletrodomésticos, produtos eletrônicos e similares dentro de duas lojas do Carrefour."
Ambas também ressaltaram que trata-se de um acordo limitado e por prazo específico, mas que "eventual ampliação da parceria poderá ser oportunamente avaliada e discutida".
Fora a novidade, a Magazine Luiza aumentou a oferta pela Netshoes, cujas ações subiram 7,7% na Bolsa de Nova York, a US$ 3,05.
Os papéis da Petrobras também tiveram alta, apesar da suspensão do Supremo Tribunal Federal (STF) da venda da Transportadora Associada de Gás (TAG). O ministro Edson Fachin concedeu uma liminar que suspende o negócio que envolve US$ 8,6 bilhões, cerca de R$ 34,6 bilhões.
As ações preferenciais (mais negociadas) da petroleira valorizaram 2,13%, a R$ 26,80. As ordinárias (com direito a voto) subiram 1,36%, a R$ 29,13.
No Exterior, o viés foi misto. Tóquio e Hong Kong fecharam em alta de 0,37% e 0,38%, respectivamente, e o índice CSI 300, que reúne as Bolsas de Shangai e Shenzhen, subiu 0,96%.
Já na Europa, as Bolsas fecharam em baixa após dados negativos da economia alemã e do conflito entre União Europeia e Itália.
A Comissão Europeia deverá iniciar medidas disciplinares contra a Itália em 5 de junho devido ao crescente aumento da dívida do país, o que viola leis da conglomerado. O país pode ser multado em EUR 3 bilhões;
A Bolsa italiana recuou 0,5%. Londres, que voltou de feriado, cedeu 0,12%. Paris e Frankfurt caíram 0,44% e 0,37%, respectivamente.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones recuou 0,93%, S&P 500, 0,84% e Nasdaq, 0,39%.