Uma confusão suspendeu a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em que deve ser lido o parecer do relator da reforma da Previdência, nesta terça-feira (9).
O deputado Delegado Waldir (PSL-GO), líder do partido de Jair Bolsonaro na Casa, foi acusado pelo deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) de estar armado em plenário.
Após a confusão, Waldir mostrou a jornalistas o coldre vazio. No entanto, Bismarck acusa o líder do PSL de ter passado a arma para outra pessoa no meio do tumulto.
O pedetista chegou a ficar em pé nas cadeiras da comissão e pediu ao presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL-PR) que fechasse as portas para não deixar ninguém entrar ou sair.
A sessão foi suspensa por alguns minutos, e Francischini chamou os coordenadores de bancada para sua sala.
— Isto aqui não é rinha de galo — exclamou o deputado, tentando sem sucesso conter a confusão.
O tumulto começou depois que o presidente decidiu proceder à leitura do relatório. A oposição tentava apresentar questões de ordem para protelar o início da apresentação, e foi à mesa de Francischini apelar para que ela não fosse iniciada.
O clima na CCJ é de tensão desde o início da sessão, com os deputados de oposição apresentando sucessivos requerimentos para tentar adiar o processo.
A expectativa era que o deputado Marcelo Freitas (PSL-MG) apresentasse nesta terça um parecer pela admissibilidade total da PEC da reforma da Previdência.
O governo espera votar o processo na próxima quarta-feira (17).