Puxado pela indústria de transformação, o Rio Grande do Sul teve em fevereiro saldo positivo de 22,46 mil empregos formais, o maior número para o mês desde 2014. É também 72% acima de igual período de 2018. O Estado foi a quarta unidade da federação em criação de vagas com carteira assinada, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. O comércio, com a perda de 67 postos celetistas, foi o único setor com desempenho negativo. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
As fábricas tiveram resultado positivo de 11,4 mil empregos. O subsetor com os melhores resultados foi o que engloba os segmentos de borracha, fumo e couros, com 3,51 mil admissões a mais do que demissões. Depois aparecem alimentos e bebidas (2,21 mil) e calçados (2,1 mil).
Os serviços, setor de maior peso na economia, também ajudaram o Rio Grande do Sul a abrir vagas celetistas no mês passado. Foram 5,52 empregos criados. O segmento de comércio e administração de imóveis, com saldo positivo de 2,5 mil postos, teve o melhor resultado.
A agropecuária gaúcha também foi bem. O campo gerou 4,71 mil postos com carteira assinado, reflexo da época da colheita da maçã na região dos Campos de Cima da Serra. Vacaria foi o município gaúcho que mais criou postos em fevereiro, com 2,85 mil vagas.
A segunda cidade do Estado com os melhores números foi Caxias do Sul, um dos principais polos industriais do país. O município da Serra teve saldo positivo de 2,14 mil vagas. Em terceiro e quarto lugares aparecem Venâncio Aires (1,56 mil) e Santa Cruz do Sul (1,49 mil), localidades onde o setor fumageiro tem grande peso.
No ano, o Estado soma 34,98 mil admissões a mais do que demissões. A indústria de transformação tem os melhores índices, com a criação de 17,44 mil postos com carteira assinada, enquanto o comércio tem os piores números, com a destruição de 2,28 mil postos formais.