A criação de vagas para jovens entre 18 e 24 anos foi responsável pela maior parte do saldo positivo de emprego formal no primeiro semestre no Brasil. Postos para os integrantes dessa faixa etária representaram + 399.078 vagas, número cerca de 35% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado — + 294.113. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nos seis primeiros meses do ano, o Brasil teve saldo positivo de 392 mil postos, valor 452,37% superior ao primeiro semestre de 2017 — 71 mil.
Entre 25 e 29 anos, o saldo passou de -5.886 para +40.379. O crescimento foi maior entre os trabalhadores dessas idades com mais escolaridade. Para quem tinha ensino superior completo houve um acréscimo de 52.974 vagas. Na faixa dos 30 aos 39 anos, o saldo total passou de -60.040 para +5.947, sendo que as oportunidades dobraram para os trabalhadores que concluíram um curso universitário – passaram de 16.052 vagas para 33.752.
Por outro lado, continuaram sendo fechadas vagas para trabalhadores nas faixas de 40 a 49 anos (-16,2 mil), 50 a 64 anos (-122,1 mil) e acima de 64 (-29,6 mil), mas em ritmo menor do que no primeiro semestre de 2017, quando essas três faixas etárias viram o fechamento de 266,4 mil postos de trabalho com carteira assinada em todo o país.
Setores
Dos oito setores da economia, sete tiveram saldo positivo nos primeiros seis meses deste ano. O melhor desempenho foi no segmento de serviços, que chegou ao final do primeiro semestre com 279.130 postos de trabalho criados, seguido pela indústria de transformação, que gerou 75.726 vagas, e a agropecuária, que gerou 70.334 empregos novos. Já o comércio fechou 94.839 postos de trabalho com carteira assinada.
A taxa de desemprego, segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrange 12,3% da população economicamente ativida, volume 0,6% menor do que o apurado em março. O número representa um contigente de 12,9 milhões de pessoas sem trabalho no país.
Escolaridade
Dos 394 mil empregos gerados na primeira metade deste ano, 266 mil foram para trabalhadores com ensino médio completo, seguido de 166 mil para quem tem ensino superior completo, 26,4 mil para quem tem ensino superior incompleto e 6,6 mil vagas para quem tem ensino médio incompleto. Não houve abertura de novas vagas para trabalhadores com escolaridade inferior a essas.
Entre os empregos para quem tem ensino médio completo e incompleto, os que absorveram a maior parte das vagas foram alimentador de linha de produção (49 mil), faxineiro (32,3 mil) e auxiliar de escritório (24,2 mil). Para quem tem ensino superior completo ou incompleto, a maior parte das vagas foram como auxiliar de escritório (17 mil) e assistente administrativo (14,5 mil).