O custo de vida em Santa Maria ficou ainda mais caro no mês de junho. A constatação está registrada no Índice do Custo de Vida, que é medido pelo curso de Economia da Universidade Franciscana (UFN). No mês passado, a inflação ficou em 0,81%. A alta no bolso do consumidor - com despesas pessoais, alimentos, saúde e transportes - é puxada pelos desdobramentos da greve dos caminhoneiros, que ocorreu em maio e durou pouco mais de dez dias.
Conforme o economista Mateus Frozza, que é coordenador dos cursos de Administração e de Ciências Econômicas, a inflação e o custo de vida ficaram ainda mais evidentes para quem tem o costume de comer em restaurantes. O preço dos buffets foi diretamente impactados pela greve dos caminhoneiros.
Além disso, o economista destaca que a paralisação dos caminhoneiros elevou os preços dos produtos que são ainda mais sentidos junto àquelas pessoas de menor poder aquisitivo. Os alimentos e os reajustes nas tarifas de energia elétrica acabam por penalizar ainda mais a população mais pobre, destaca.
A inflação, no acumulado deste primeiro semestre, ficou em quase 2,70%. Ainda no mês passado, os alimentos tiveram uma alta média de 1,49%. O setor do transporte é puxado pela alta da gasolina e também das passagens de ônibus interestaduais.
Outra situação que mostra a perda de poder aquisitivo e a escassez de crédito na cidade é que o setor de vestuário vem, desde o começo do ano, adotando a mesma tática: as liquidações, na tentativa de dar uma vazão nas vendas.