Até o que havia parado voltou a cair. A mais recente edição do relatório Focus, liberada ontem pelo Banco Central, voltou a apontar redução nas projeções do PIB para este ano. Depois de estacionar em 1,55% na semana anterior, a média das previsões voltou a encolher, agora para 1,53%. Desde março, quando chegou a 2,89%, essa estimativa vem sendo sucessivamente desbastada.
A tendência se acentuou depois da paralisação do setor de transporte, em maio. Os efeitos da greve reverberaram neste mês nos dados da produção industrial, que teve a maior queda desde dezembro de 2008, e na alta dos índices de inflação, desde o IPCA até os mais afetados pela desvalorização do real frente ao dólar, como IGP-M.
Depois que o IPCA de junho subiu 1,26%, o maior aumento para o mês desde 1995, os analistas também corrigiriam os cálculos para o fechamento do principal indicador para o ano. Agora, a média das expectativas para o IPCA está em 4,17%, muito acima dos 3,5% que o Focus registrava há apenas dois meses. As apostas para o juro básico não mudaram. Ainda.