Os Estados Unidos disseram à Organização Mundial do Comércio (OMC) que concordaram em discutir com a China os esforços do governo de Donald Trump para impor tarifas sobre o aço, o alumínio e uma série de produtos chineses. Nesta terça-feira, a organização afirmou que o movimento é um passo esperado, mas não obrigatório, que dá tempo a Washington para diminuir as diferenças com Pequim.
A China solicitou as discussões relativas às tarifas americanas sobre as importações de aço e alumínio, que o governo Trump impôs alegando motivos de segurança nacional, e à possibilidade de tarifas sobre 1,3 mil produtos chineses alegando roubo de propriedade intelectual. De acordo com um funcionário da OMC, os EUA concordaram com as discussões, conhecidas como consultas no jargão da organização, mas não cederam sobre a crença de que as tarifas são justificadas.
Os EUA argumentaram que as tarifas propostas para produtos como eletrônicos e maquinário ainda não foram cobradas, então o pedido da China não foi justificado sob as regras de resolução de disputas da OMC.
Também nesta terça-feira, a Índia solicitou consultas com os EUA sobre as tarifas de aço e alumínio, buscando manter um nível semelhante de concessões de Washington - refletindo uma ação semelhante ocorrida um dia antes pela União Europeia. Críticos das tarifas americanas sobre os metais acusam Washington de tentar, injustamente, defender um setor industrial nacional sob o disfarce de preocupações com a segurança.
México e Canadá, parceiros comerciais dos EUA no Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), estão entre os países que ganharam isenções temporárias para as tarifas gerais das importações de aço e alumínio dos EUA. Brasil, Argentina, UE e Austrália foram outros países que receberam isenção. Fonte: Associated Press.