O governo deve esperar até sexta-feira (8) para verificar as condições de aprovação da reforma da Previdência. A expectativa era de que a data de votação fosse anunciada após encontro na noite desta quarta-feira (6) do presidente Michel Temer com lideranças da base aliada no Palácio do Alvorada. Mas os governistas acertaram que a contabilidade dos votos só será feita a partir desta quinta-feira (7).
O líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), deve fazer uma contagem nesta quinta. Ribeiro receberá os números dos líderes de cada bancada e fará o balanço para que Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), possam decidir se de fato haverá votos suficientes para votar a matéria ainda este ano. Não estão descartados novos encontros entre os líderes.
Para aprovar a reforma na Câmara, o governo precisa de pelo menos 308 votos favoráveis em cada uma das duas votações que ocorrerão. Para ter uma margem de segurança, governistas só querem votar a matéria quando tiverem 330 votos certos. O governo admite que ainda não tem 300 votos e conta com fechamento de questão dos partidos para alcançar o quórum mínimo exigido.
Na etapa inicial da reunião desta quarta, as lideranças não falaram em números, apenas relataram que o "convencimento" tem ajudado a ampliar o apoio à proposta.
Nesta quarta, o PMDB, partido do presidente Michel Temer e dono da maior bancada na Câmara, já fechou questão para tentar obrigar seus 60 deputados a votarem a favor da reforma. Com 16 deputados, o PTB também fechou questão. Os dois partidos, contudo, não estabeleceram quais punições os desobedientes sofrerão. O governo espera que os demais partidos da base aliada, como PP e PRB, sigam o exemplo.