O Ministério do Planejamento informou, nesta segunda-feira (30), que o governo federal diminuiu novamente a previsão para o salário mínimo de 2018. O valor, que estava projetado para ser R$ 969, caiu para R$ 965.
Para justificar o corte, o governo cita a expectativa de redução na inflação – para 2017, a equipe econômica revisou a estimativa de 3,7% para 3,5%. Já a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2018 passou de 4,2% para 4,3%, enquanto a estimativa para o índice de preços em 2017 caiu de 3,5% para 3,1%.
Essa é a segunda queda na estimativa para o salário mínimo de 2018 em pouco mais de dois meses. Em meados de agosto, a previsão baixou de R$ 979 para R$ 969.
Revisão do Orçamento
A informação sobre a mudança no valor do salário mínimo está presente na mensagem modificativa do Orçamento do próximo ano que será enviada ao Congresso. O informe destaca que o Planalto manteve em 2% a previsão de alta do PIB em 2018. Para 2017, a projeção de expansão da economia segue em 0,5%.
A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2018 também foi mantida em 4,2%, como já constava no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). O governo também alterou a projeção para a Taxa Selic ao fim do próximo ano, de 8% para 7,25%. Para 2017, passou de 8,25% para 7,3%.
A taxa de câmbio média esperada para o próximo ano também foi revisada e caiu de R$ 3,38 para R$ 3,29. Para 2017, a taxa média de câmbio passou de R$ 3,25 para R$ 3,18.
O Planejamento também divulgou novas projeções para a alta da massa salarial nominal. Em 2018, a estimativa passou de 5,7% para 6,1%. Para 2017, a projeção subiu de 4,0% para 4,7%.
Dívida
A projeção do governo para a evolução da Dívida Bruta do Governo Geral em 2018 a levará a 78,5% do PIB ao fim do próximo ano. Em 2017, a equipe econômica espera que a dívida bruta encerre o ano em 75,7% do PIB. Para 2019, a estimativa do governo é de que a dívida bruta chegue a 80,3% do PIB, e suba menos, para 80,7% do PIB em 2020.
Já a projeção do Planejamento para a Dívida Líquida do Setor Público indica uma passagem de 52,2% do PIB em 2017 para 55,3% do PIB em 2018. A curva ascendente indicada pelo ministério ainda coloca a dívida líquida em 57,9% do PIB em 2019 e 59,1% do PIB em 2020.