O Produto Interno Bruto (PIB) nacional registrou leve alta de 0,2% no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses deste ano. Embora o avanço tenha sido inferior ao do período entre janeiro e março, quando havia chegado a 1%, o novo crescimento reforça sinais de retomada na economia apontados por analistas. Os dados integram pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (1º).
– A economia parou de cair. Com o crescimento de 1% no primeiro trimestre e de 0,2% no segundo, vemos um início de retomada, apesar de muito lenta – comenta o economista Adalmir Marquetti, professor da PUCRS.
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Entre os setores, o destaque positivo foi para serviços, com alta de 0,6%. O resultado teve influência do crescimento de 1,9% no comércio e da expansão de 1,4% no consumo das famílias, a primeira depois de nove trimestres.
No sentido contrário, a indústria foi o único setor que caiu no segundo trimestre. A baixa de 0,5% teve impacto da retração na construção civil, que chegou a 2%.
A agropecuária, por sua vez, registrou variação nula. Ou seja, não cresceu, nem caiu. No país, os principais efeitos da safra no PIB são registrados no primeiro trimestre.
– A alta de 0,2% no resultado geral é mais um sinal positivo, mas temos de esperar ainda para falar em reação, até porque a economia é influenciada pela política. Tecnicamente, estamos saindo da recessão – avalia o economista Sergio Almeida, professor da Universidade de São Paulo.
Na comparação com o segundo trimestre de 2016, o PIB cresceu 0,3%. Já no acumulado em quatro trimestres, caiu 1,4%.
Além disso, no primeiro semestre de 2017, a economia brasileira apresentou variação nula em relação a igual período do ano passado. Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 1,6 trilhão no segundo trimestre de 2017.