O ritmo de evolução do Rio Grande do Sul perante a média nacional e as demais 26 unidades da federação será conhecido na próxima terça-feira, 15 de agosto, com a divulgação dos resultados da quarta edição do Índice de Desenvolvimento Estadual-RS (iRS), em evento para convidados na sede do Grupo RBS, na Capital.
O indicador mede o desempenho de todos os Estados e do Distrito Federal em três dimensões: padrão de vida, educação e, reunidos, longevidade e segurança.
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Serão apresentados resultados relativos ao ano de 2015. Com foco na vida real e formato simplificado, o índice é fruto de parceria entre ZH e PUCRS, com apoio institucional da Celulose Riograndense.
Os dados de 2014, apresentados no ano passado, mostraram que o Estado permaneceu em quarto lugar no ranking geral, mas piorou no quesito longevidade e segurança, que mede a expectativa de vida e o grau de violência ao qual as pessoas estão expostas. Em educação e padrão de vida, houve certa estabilidade. Com isso, aumentou a distância para o terceiro colocado, Santa Catarina. Ao mesmo tempo, foi observada a aproximação do Paraná, no quinto lugar. Até 2014, São Paulo e Distrito Federal estavam na primeira e segunda colocações, respectivamente.
Item educação teve análise aprimorada
Elaborado por Ely José de Mattos, coordenador do curso de Economia da Escola de Negócios da PUCRS, o iRS usa o mesmo referencial teórico do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), lançado em 1990 como complemento a indicadores que até então consideravam apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.
Uma novidade deste ano é o aperfeiçoamento metodológico na dimensão da educação. Além de levar em conta o desempenho nas séries iniciais, avaliado pela Prova Brasil, e o grau de distorção entre a idade ideal e a efetiva no Ensino Médio, foi agregada a análise da taxa de matrícula, também no Ensino Médio. Com isso, toda a série histórica foi revisada. A intenção foi robustecer o indicador. Mesmo assim, o ajuste não modificou as colocações do Estado no índice geral do iRS nos anos anteriores.
Outra inovação diz respeito ao formato de discussão das conclusões. Nos anos anteriores, eram promovidos debates separados sobre cada uma das dimensões, para estimular a troca de ideias e tentar encontrar soluções em cada área. Agora, será realizado em 22 de agosto, na PUCRS, um grande fórum único para discutir os resultados da quarta edição do iRS e as perspectivas para o Estado. O evento será aberto ao público.
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO
O QUE É O ÍNDICE
- O iRS é um indicador de desenvolvimento dos Estados, criado a partir de parceria entre ZH e PUCRS.
POR QUE CRIAR UM INDICADOR?
- Não havia um índice reconhecido no país especificamente para avaliar os Estados. O iRS é o primeiro com proposta de atualização anual.
O QUE O DIFERENCIA
TRANSPARÊNCIA
- Todos os dados são oficiais e de fácil acesso. Significa que qualquer pessoa pode conferi-los e que os números vêm de fontes confiáveis.
FOCO NA VIDA REAL
- A meta é traduzir a realidade de quem vive no Estado. A exemplo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), tem foco nas pessoas, não nas instituições e no poder público.
FÁCIL COMPREENSÃO
- Alguns índices utilizam tantas variáveis, que fica difícil entendê-los. O iRS apresenta fórmula simplificada e foi feito para ser compreendido intuitivamente.
A ESCALA
- Para obter um resultado comparável entre todas as unidades da federação, foi criada uma escala de 0 a 1, baseada em patamares mínimos aceitáveis e metas de desenvolvimento. Quanto mais perto de 1, mais próximo da meta. Quando mais próximo de zero, mais distante.