Um decreto do Diário Oficial da União, publicado na última quarta-feira (16), dá margem para que supermercados abram aos domingos e feriados. Na prática isso quer dizer que esses estabelecimentos terão menos entraves para abrir, já que, agora, o setor passa a ter status de serviço essencial.
Além disso, essa situação muda um cenário que se tinha até então: o de que os estabelecimentos necessitavam de lei municipal própria e de acordos com sindicatos para abrir nesses dias.
Em Santa Maria, onde os mercados não abrem mais aos domingos desde 2007, o presidente do Sindicato dos Comerciários, Rogério Reis, entende que não há margem de que esse decreto tenha desdobramentos práticos no município. Ele avalia que a abertura dos supermercados aos domingos não deve ocorrer até junho de 2018 – quando ainda estará em vigor o calendário de abertura vigente decidido, no ano passado, entre os donos de supermercados e os funcionários.
O presidente do sindicato acrescenta que a restrição na abertura dos supermercados da cidade tem se mostrado, sim, em uma medida acertada. Ele afirma que, inclusive, o setor varejista tem contabilizado investimentos nos últimos ano em Santa Maria.
Já o economista e professor da Unifra, Mateus Frozza, avalia que a manutenção de um calendário de abertura dos supermercados no município é uma evidência de que o município vai na contramão do resto do Estado e do país. Ele afirma que Santa Maria, por ser um polo de compras da região centro do Estado, precisa mudar essa realidade.
Do lado do Sindigêneros, Eduardo Stangherlin, que representa os donos de mercados, também não vê margem para a abertura dos mercados antes de 2018 por haver um calendário em curso. Mas, após isso, ele afirma que a situação pode vir a ser debatida.