Saúde e educação foram reunidos no segundo painel do Fórum iRS Os Caminhos para o Futuro do RS. O evento ocorreu na manhã desta terça-feira (22), na PUCRS, na Capital.
As deficiências na educação, dimensão em que o Estado está na oitava colocação na comparação com as demais unidades da federação no iRS, foram abordadas pela professora da Escola de Humanidades da PUCRS, Bettina Steren. Uma das causas do problema na área é a falta de continuidade, avaliou.
– Temos descontinuidade nas políticas pedagógica e administrativa com as mudanças de governo. Isso deveria ser repensado para termos continuidade nos processos implementados – observou Bettina.
A situação crítica da educação também tem outras causas, apontou a especialista. Entre elas, falta de investimento na formação de professores, baixa remuneração, redução de aportes por aluno, por exemplo. Mas há falhas que não são apenas do poder público.
Para avançar, vê a necessidade de melhorar a gestão nas próprias escolas e também trabalhar para uma educação mais empreendedores e voltada aos desafios da vida adulta, experiências já aditadas por países mais desenvolvidos, como a Finlândia.
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Diretor do Centro de Transplantes da Santa Casa e vice-presidente da Academia Nacional de Medicina, o médico J.J. Carmargo falou sobre as dificuldades enfrentadas pelo SUS no país.
A pressão sobre o serviço público, acrescentou Camargo, aumentou com a crise econômica devido à à saída de cerca de cerca de 2,8 milhões de pessoas dos planos de saúde.
Para Camargo, a ideia de criar o SUS foi boa, mas não houve planejamento para manter o sistema sustentável do ponto de vista financeiro.
– Desde que foi criado, a população brasileira dobrou. E os custos também subiram muito – observou o médico.