Enquanto o mercado de trabalho com carteira assinada no país apresentou saldo positivo de 34,25 mil vagas, entre demissões e contratações, em maio, no Rio Grande do Sul, o resultado foi o oposto. O Estado teve o pior desempenho entre todas as unidades da federação no mês passado – foram 12,36 mil postos a menos no estoque de emprego formal. Esses dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta terça-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.
Apesar do resultado negativo em maio, no acumulado do ano o Rio Grande do Sul ainda registra saldo de 10,36 mil vagas. No país, também é positivo: 48,54 mil. Ou seja, um em cada cinco empregos com carteira assinada foram gerados no Estado nos primeiros cinco meses do ano.
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A indústria de transformação foi o setor que mais demitiu do que contratou em maio, no Estado, com redução de 4,5 mil postos. Ao mesmo tempo, é o que tem o maior saldo de janeiro a maio: 15,4 mil (confira dados de outros setores no quadro ao lado).
Segundo o governo federal, o resultado de 34,25 mil vagas com carteira em maio foi o melhor resultado para o mês desde 2014. No mesmo período do ano passado, a geração de empregos formais foi negativa em 72,6 mil.
Como em abril, o resultado foi fortemente influenciado pela criação de empregos no setor da agropecuária, que teve saldo de 46 mil postos de trabalho no mês passado. O cultivo de café, concentrado em Minas Gerais, gerou 25,2 mil, por exemplo. E os cultivos de laranja e de cana de açúcar, mais centrado em São Paulo, criaram, respectivamente, 11,5 mil e 5,6 mil vagas. Já o comércio e a construção civil eliminaram, nessa ordem, 11,2 mil e 4 mil postos de trabalho formais. No acumulado do ano até maio, foram criadas 48,5 mil vagas formais, também o melhor resultado desde 2014.
Para ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a geração de 34,25 mil vagas formais de emprego em maio reforça a percepção de retomada da atividade:
– Podemos constatar que economia volta a dar sinais de recuperação, e a geração de empregos é um indicador que mostra isso – disse.
O ministro ressaltou que, dos cinco primeiros meses do ano, houve resultado positivo em três (fevereiro, abril e maio). Mas Nogueira reconheceu que projetar agora um saldo positivo para o ano é prematuro:
– Gostaria de garantir isso (que o ano terminará com geração de emprego), mas não posso.
No acumulado do ano até maio, o Caged mostrou abertura de 48,54 mil vagas, um número melhor do que em igual período de 2016 (-448.011) ou de 2015 (-243.948).
– Dá pra comemorar isso, é sinal de que economia se estabiliza, emprego volta a dar sinais de recuperação – afirmou Nogueira.