Em tour pelas bancadas partidárias na Assembleia Legislativa, a direção da Fecomércio-RS colheu nesta quarta-feira à tarde apoio à resistência contra a elevação de alíquotas de Imposto sobre Circulação de Bens e Serviços (ICMS) e outros tributos. A iniciativa ocorreu na véspera da reunião mensal com representantes de todo o Estado. O presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, relatou que o PP reiterou a disposição de votar contra a proposta. A elevação ainda não foi confirmada, mas o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, admitiu a hipótese na semana passada, na Federasul.
O PP é a quarta maior bancada da Assembleia, com sete deputados. Como o partido integra a base de apoio do governo estadual, caso a posição seja mantida, pode inviabilizar a mais firme solução de curto prazo para a crise nas finanças.
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Se no governo a percepção é de que "a chapa está quente", o que abriria caminho para passar - e bem - a elevação de tributos, é preciso conversar melhor com seus aliados. Bohn assegurou que a iniciativa de uma só entidade na Assembleia obedeceu às necessidades da agenda da Fecomércio, mas que seus pares estão alinhados no esforço de barrar a tentativa de aprovar o aumento.
À moda do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a Fecomércio levou sua lista de saídas alternativas, que inclui reforma da previdência, nos moldes aplicados pela União (enviada à Assembleia pelo Piratini), imposição de teto para o aumento da folha de pagamento e gastos correntes em, no máximo, 1% acima da inflação, privatização ou extinção de empresas públicas e fundações, redução do número de secretarias e redução de repasses aos demais poderes.