Para os clientes, é difícil entender como bancos conseguem ter prejuízos no Brasil, paraíso do juro alto. Mas quem compara desempenho das instituições financeiras vê nas dificuldades dos estrangeiros de manter operações por aqui um sinal de que nem sempre captar barato e emprestar caro garante fartos lucros.
Os principais interessados em comprar a operação do HSBC no Brasil, observa Luis Miguel Santacreu, especialista em bancos da Austin Rating, têm experiência em incorporações, o que deve facilitar a vida dos clientes da instituição que reduz presença por aqui.
Apesar do tamanho, o HSBC ficou "engessado" no Brasil, assim como outras instituições globais, avalia Santacreu.
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E flexibilidade, no país que em pouco mais de uma década oscila de juro anual de 40% a 7,25%, é crucial. As apostas sobre o comprador se concentram no Bradesco, mas tem gente correndo por fora, inclusive bancos chineses que se posicionaram com força aqui no lado, na Argentina.