A apenas cinco dias de entregar o balanço de 2014, atrasado desde 30 de março, a Petrobras anunciou, nesta sexta-feira, ter conseguido equacionar sua necessidade de financiamento para este ano. As operações fechadas, incluindo ajuda de bancos estatais e do Bradesco, somam R$ 18,7 bilhões. As informações são da Folha de S. Paulo.
Com os repasses, a empresa afasta o risco de chegar ao fim do ano com o caixa no limite mínimo, de US$ 10 bilhões, como previu em março.
A estatal já havia firmado, em março, financiamento com o Banco de Desenvolvimento da China (BDC), no valor de US$ 3,5 bilhões. Com os novos recursos, a Petrobras já soma mais de R$ 29 bilhões em captações desde que a atual diretoria, comandada pelo presidente Aldemir Bendine, que assumiu a empresa em fevereiro.
A gestão anterior, liderada por Graça Foster, descartava financiamentos em 2015. A corrida aos bancos revela a dimensão da fragilidade financeira da companhia, afetada pela depreciação cambial no início do ano.
Do Banco do Brasil, de onde vieram Bendine e o atual diretor financeiro da Petrobras, o financiamento é de R$ 4,5 bilhões. O acordo se deu como "nota de crédito à exportação", por meio da subsidiária BR Distribuidora. O financiamento terá prazo de seis anos.
Já o financiamento da Caixa, no valor de R$ 2 bilhões, também foi "pré-aprovado" com prazo de cinco anos, segundo o comunicado. As mesmas condições valem para o Bradesco, com financiamento de R$ 3 bilhões.
Já o banco britânico Standard Chartered fechou a operação mais "sui generis" do pacote anunciado hoje. O financiamento foi firmado no valor de US$ 3 bilhões, com prazo de 10 anos. O "acordo de cooperação" prevê a operação de "venda com arredamento" de plataformas de produção, com opção de recompra pela estatal. As condições não foram detalhadas.
* ZH e agências