O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) denunciou o empresário Eike Batista por manipulação de mercado e uso indevido de informação privilegiada. Os crimes podem resultar em uma pena de até 13 anos de prisão. A denúncia afirma que o empresário prometeu a injeção de US$ 1 bilhão em uma das empresas dele, em 2012, tentando interferir artificialmente no comportamento da Bolsa de Valores. O dinheiro não foi disponibilizado.
Outra acusação aponta para lucro de US$ 260 milhões com a venda de ações da petrolífera OGX, principal empresa do grupo de Eike Batista, por meio de informações privilegiadas. No documento, o MPF-RJ pede também o bloqueio de bens para indenizar possíveis prejuízos. A soma chega a R$ 1,5 bilhão. A Justiça Federal ainda não se pronunciou.
Investigações
Em maio, a Justiça Federal já havia determinado o sequestro de R$ 122 milhões de Eike Batista. Em abril, a Polícia Federal no Rio de Janeiro abriu inquérito para apurar crimes como manipulação de mercado e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, a administração da empresa OGX sabia da inviabilidade comercial de campos de petróleo da companhia.