Ao menos pelos dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), parece que a pregação de economistas e empresários de que o Brasil precisa crescer via investimento foi colocada em prática no Rio Grande do Sul. Os desembolsos do principal financiador de projetos de longo prazo no país para o Estado somaram R$ 15,5 bilhões ano passado, crescimento de 56% sobre 2012. O percentual é o dobro do avanço verificado no país.
Até mesmo a indústria, que acusa falta de confiança na economia para investir, captou 48% a mais do BNDES em 2013 - um total de R$ 5,67 bilhões. Os recursos direcionados para investimentos em infraestrutura, considerada uma das maiores deficiências do Rio Grande do Sul, subiram 64,6% e alcançaram R$ 3,4 bilhões.
Mas o segmento que apresentou o maior crescimento dos desembolsos, impulsionado pela supersafra e preços remuneradores, foi a agropecuária. O campo gaúcho tomou 110% a mais do que o ano anterior. Chegou a R$ 3,26 bilhões, quase um quinto dos empréstimos do setor em todo o país.
O Finame, destinado a bens de capital, foi a linha mais procurada, com R$ 5 bilhões liberados.